quarta-feira, 16 de maio de 2012

ATOS OBSESSIVOS E PRÁTICAS RELIGIOSAS (Freud, 1907) - Resumo



Ao falar da neurose obsessiva, Freud aponta neste texto uma semelhança particular entre o sujeito que sofre da neurose obsessiva através de pensamentos, idéias ou impulsos obsessivos e a prática religiosa. É notavel a similaridade de alguns termos da Neurose Obsessiva, nos quais já conhecemos em outras circusntancias, tais como cerimonial, ritual, crença, etc, são comumente usados na religião.

Esses cerimoniais neuróticos consistem numa alteração de algum(s) ato(s) do cotidiano do paciente, acabando esta, por modificar seu dia com acrescimos, restrições ou um arranjo que o paciente se coloca como uma obrigação, tendo que cumprir com isso sem ao menos “fazer idéia” do motivo. Freud faz algumas colocaçoes importantes: esses atos exigem um gasto, ou melhor, uma perda de tempo; todo ato obsessivo tem seu sentido e pode ser interpretado; o que está sendo representado no ato e em cerimoniais deriva das experiencias mais intimas do paciente, principalmente das sexuais; o ato obsessivo serve para expressar motivos e idéias inconscientes.


O ato obsessivo parece estar ligado a um sentimento de culpa através de uma idéia de punição, e a pessoa que sofre desta doença, encontra-se dominada por manias que leva à compulsões e proibições, que aparentemente nem sabe ao  certo o motivo, mas reconhece a natureza da “crença” do mal que espera acontecer na sua vida caso não cumpra alguma exigencia, apenas ficando oculto a conexão entre o momento que a ansiedade expectante surge com o perigo que provoca. Sendo o cerimonial, portanto, um ato de defesa.

Então, o ato obsessivo e a religião, por semelhança, possuem a forma da renuncia implícita à ativação da pulsao que se constitui no sujeito, e em contraste, a sua natureza. A neurose obsessiva tem sua origem no sexual, e “na religião procedem de fontes egoístas”

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