Isto é, o amor vem sempre apoiado em uma função orgânica.Amamos a mãe porque ela nos amamenta. Importante salientar, porém, que a amamentação não é a causa do nosso amor, mas é condição de possibilidade.
A importância da função paterna
Por que cremos?
Todos admitem que a religião é o campo da fé. Acreditamos porque devemos acreditar. Pedir uma prova empírica da existência de Deus parece-nos absurdo. O cientista, podem argumentar os religiosos, é como São Tomé. É possível que isso seja verdade, pois o que Freud faz é privilegiar o uso da razão para sustentarmos nossas crenças. Todo ensinamento, diz Freud, exige uma crença em seu conteúdo, mas não sem produzir fundamentos para sua reivindicação. Se aprendo que o mundo é redondo, que sou composto de células, etc., quero provas que sustentem essas crenças. Quando,
A importância da função paterna
A relação da criança com o pai é matizada por uma ambivalência característica. Ele é ao mesmo tempo objeto de amor e de temor. Tememos o pai porque ele mesmo constitui um perigo para nós, afinal, amamos nossas mães, objeto do pai. “Quando o indivíduo em crescimento descobre que está destinado a permanecer uma criança para sempre, que nunca poderá passar sem proteção contra estranhos poderes superiores, empresta a esses poderes as características pertencentes à figura do pai;
cria para si próprio os deuses a quem teme, a quem procura propiciar e a quem, não obstante, confia em sua própria proteção.” (p.36)
Ao que tudo indica, a idéia religiosa tem seu protótipo na infância, especialmente, na relação da criança com seu pai. Importante salientar que a função paterna pode ser exercida por qualquer pessoa. Ela está dada na cultura em forma de lei, portanto, o sujeito terá acesso a ela, mesmo não tendo um pai familiar. Para Freud, a relação de amor/terror, de fascínio e servidão que mantemos com o pai é prototípica para a idéia de Deus. Deus, no entanto, não é propriamente o interesse de Freud. O objetivo do Futuro é esclarecer quais as bases psicológicas para a instauração das crenças religiosas. Por que acreditamos em Deus, em espíritos, em vida após a morte? Qual a significação psicológica das idéias religiosas?
Por que cremos?
Todos admitem que a religião é o campo da fé. Acreditamos porque devemos acreditar. Pedir uma prova empírica da existência de Deus parece-nos absurdo. O cientista, podem argumentar os religiosos, é como São Tomé. É possível que isso seja verdade, pois o que Freud faz é privilegiar o uso da razão para sustentarmos nossas crenças. Todo ensinamento, diz Freud, exige uma crença em seu conteúdo, mas não sem produzir fundamentos para sua reivindicação. Se aprendo que o mundo é redondo, que sou composto de células, etc., quero provas que sustentem essas crenças. Quando,
todavia, exigimos tais constatações do homem religioso encontramos três argumentos:
os ensinamentos religiosos merecem ser acreditados porque já o eram por nossos primitivos antepassados;
possuímos provas que nos foram transmitidas desde esses mesmos tempos primevos;
é totalmente proibido levantar a questão de sua autenticidade.
Ora, esses argumentos não se sustentam. Nada garante que os antepassados tinham provas de seu conhecimento religioso. Essas “provas” (a Bíblia, o Alcorão, por exemplo) foram escritos por homens comuns. O argumento da ‘revelação’ não é suficiente, pois essa asserção é, ela própria, uma das doutrinas cuja autenticidade está em exame, e nenhuma proposição pode ser prova de si mesma.
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