sexta-feira, 18 de maio de 2012

História de uma neurose infantil (Freud,1917-1919) - Resumo


História de uma neurose infantil
(cap. I – Observações introdutórias; cap. II – Avaliação Geral do ambiente do Paciente e do Histórico do caso;  cap. III – A sedução e suas consequencias imediatas; cap IV – O sonho e a cena primária)



O caso analisado aqui ficou conhecido como o menino que tinha “a fobia do lobo”, analisado tempos depois do fim da neurose, segundo Freud. Ao longo do resumo, alguns elementos tais como a governanta, sua Nanya (como chamava sua babá), seus pais e sua perversa irmã, participaram na construção de sua fobia.

 O paciente iniciou o tratamento vários anos depois depois de construir uma gonorréia. Sua fobia animal era uma manifestação de uma neurose de angústia que se transformou numa neurose obsessiva, isso surge antes dos 4 anos. Os especialistas da época diagnosticavam como um caso de “insanidade maníaco depressiva”. Freud descreve o caso como uma neurose infantil analisada 15 anos depois de haver terminado. Ainda a criança, tinha comportamento exemplar, era uma criança comportada e tranquila, mas após um verão sem os pais, o garoto havia se transformado. Seus pais haviam contratado uma governanta inglesa, que em uma discussão, chamou a babá de bruxa inúmeras vezes.


Sua irmã adorava assustá-lo, usava uma figura de um lobo. Caçava alguns insetos e derrepente surgia um medo absurdo e ele desistia da atividade com gritos. Sua irmã o levava a práticas sexuais quando ele ainda era bem novo. Primeiro lhe fez a proposta de “mostrar os traseiros” e depois “brincava” com o seu pênis enquanto contava histórias incompreensíveis sobre a babá.

Logo, ele fez uma inverção imaginária fantasiando que quem agrediu a irmã foi ele, com isto, ele apagou a lembrança que poderia parecer ofensivo a sua auto-estima masculina, surgindo daí seu comportamento rebelde. Numa tentativa de sedução da sua babá, ele tenta lhe mostrar o pênis, a babá responde com um corte. Nos relatos durante a análise, o paciente assume largar a masturbação, assumindo, segundo Freud, um caráter anal-sádica. Passou a gostar de maltratar sua babá e machucar animais. Ele sentia culpa que era manifestada através do sado-masoquismo, ele fantasiava o próprio órgão genital recebendo pancadas.

Aos 10 anos, teve crise de depressão que surgia a tarde e atingia sem ponto culminante às 5h da tarde.

Ainda criança teve malária, tinha febre e abatimento. Por esse motivo, dormia no quarto dos pais, onde acordou provavelmente por conta da febre e viu a mãe sendo copulada. Ela estava numa posição curva, e o pai em postura ereta atrás dela, como um  animal (um lobo). O medo que tinha era do seu pai.

Com sua condição da  organização sexual anal-sádica, a renúncia do órgão genital (ameaçado pela Nanya)  exigiu uma renúncia, passando a ser defensor numa atividade passiva. Com a lembrança da expressão de satisfação da mãe. Sendo copulada pelo pai, criou nele o desejo de obter prazer com seu pai. Isso mostra que seu comportamento (rebelde), foi uma forma de sedução que tinha como objetivo pulsionar, obter satisfação com o pai.

Havendo uma transposição regressiva em forma da fobia do lobo: o pai e a mãe tornaram-se lobos, a mãe castrada recebia o pai, onde para ele se satisfazer, precisava ser o lobo castrado.        

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