domingo, 8 de janeiro de 2012

2012 - O Mito da apocalipse

2012 chegou, mais um mito destruído. 
 Na virada do 1999 pro ano 2000, paredes grafitadas e rádios anunciando o fim do mundo. A Besta chamada cultura unida ao senso comum garantiram que os boatos sobre o acontecimento se espelhasse mundo afora. Até filme abordou o tema. "Fim dos dias" fez uma narrativa do diabo na terra afim de dominar a raça humana. Decrifraremos a origem desse mito.
 

Significado de Apocalipse

s.m. Linguagem obscura, sibilina.
Último livro do Novo Testamento, de sentido simbólico, que contém as revelações sobre o destino da humanidade, feitas a São João, o Evangelista, na ilha de Patmos. BESTA DO APOCALIPSE, monstro que figura no livro e que simboliza, na linguagem corrente, alguma coisa monstruosa, algo que infunde terror.



Sobre o Mito

O fim do mundo está próximo! Essa expressão, tão cotidiana, expressa a permanência de um temor medieval. Nem sempre como metáfora, ela surge como um medo concreto em muitos cristãos dos mais variados matizes. Testemunhas de Jeová anunciaram o fim do mundo para 1914; os "Borboletas Azuis" em Campina Grande, na Paraíba, previram um dilúvio que marca ria o fim do mundo para 13 de maio de 1980; no Japão um grupo responsável por um atentado no metrô de Tóquio previa o fim do mundo para 15 de abril de 1995. Com a chegada do ano 2000, muitos sinais, a exemplo da Idade Média, foram interpretados com indícios do final dos tempos.
No reveillon de 999 muitos europeus aguardavam o apocalipse. A crença no fim do mundo no ano 1000 vinha de uma interpretação literal de um dos mais obscuros textos bíblicos, o Apocalipse de São João. Ali se lê que "depois de se consumirem mil anos, Satanás será solto da prisão" para "seduzir as nações do mundo". Um eclipse, um incêndio inexplicável, pragas agrícolas, o nascimento de um bebê monstruoso, a passagem de um cometa no céu, o relato da aparição de uma baleia do tamanho de uma ilha na costa francesa; a grande epidemia de 997; tudo isso era interpretado como sinais claros da proximidade do fim do mundo.
Essa inquietação, denominada milenarismo, apropriou-se dos corações e mentes. Um medo de que chegara o mo mento de Jesus Cristo trazer a lista dos reprovados no Juízo
Final. Muita gente doou as suas posses, muitos também se infligiram cruéis castigos, a título de penitência.
O Reveillon passou. O apocalipse não veio, mas a população só se acalmou em 1033, mil anos após a morte de Jesus Cristo. Esse "terror milenar" era uma expressão do caos político que' se seguiu à desagregação do Sacro Império de Carlos Magno. Em 954, um Pequeno tratado do Anti-Cristo, de autoria do abade Adson, previa o fim do mundo depois de "todos os remos estarem separados do Império Roma no, ao qual ha viam estado anteriormente submetidos".
Forte religiosidade, de cadência da autoridade central, invasões, declínio do comércio e da vida urbana. O feudalismo que surgia desta crise fl era um sistema elaborado por alguma teoria, mas uma resposta improvisada à falta de uma autoridade central eficiente. As práticas daí surgidas não eram uniformes, diferiam de um local para outro, e em certas regiões não chegaram a criar raízes. Só o medo do apocalipse ficou.

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