A nicotina é um composto orgânico do grupo dos alcaloides, que são aminas heterocíclicas, isto é, que possuem cadeias fechadas (ciclos), contendo um nitrogênio. Sua fórmula estrutural está representada a seguir:
Por ser uma amina, a nicotina tem caráter básico e se apresenta (à
temperatura ambiente e na sua forma pura) de um modo líquido oleaginoso e
incolor. Porém, em contato com o ar, esse líquido se oxida, ficando
pardo-escuro. É solúvel em água e muito solúvel em solventes orgânicos
como o éter e o álcool.
Assim, como os demais alcaloides, a nicotina possui gosto amargo e é
muito tóxica. Ela se encontra nas plantas de tabaco, a partir das quais
se produz o fumo, em uma concentração que varia de 2% a 8%.
Ela é produzida na queima do cigarro e é a principal causadora da
dependência que o fumante apresenta. Isso ocorre porque, ao se tragar o
cigarro, a nicotina chega em cerca de 9 segundos ao cérebro e atua sobre
o sistema nervoso central, causando uma sensação de bem-estar
agradável. No entanto, essa sensação é passageira e quanto mais a pessoa
fuma mais o organismo se adapta à droga e o vício aumenta, necessitando
de mais doses de nicotina no organismo, ou seja, aumentando-se a
quantidade de cigarros consumidos. É por isso que quando alguém tenta
parar com o vício, suspendendo repentinamente o consumo de cigarros, ela
costuma ter uma síndrome de abstinência.
Além disso, no momento do consumo, a nicotina também causa no sistema
nervoso central uma ação estimulante e, como consequências, há o aumento
da pressão arterial, da frequência dos batimentos cardíacos, da
frequência respiratória e da atividade motora, além da redução do
apetite.
Ao se tragar o cigarro, a nicotina é imediatamente distribuída pelos
tecidos e é absorvida pelo pulmão. Em razão disso, são causados inúmeros
prejuízos para o organismo, veja alguns:
A dose letal média de nicotina para um ser humano situa-se entre 40 mg a 60 mg, sendo que apenas um cigarro já contém cerca de 0,6 mg
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